quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ninguém esquece

Bicicleta era um dos presentes mais incríveis que uma criança podia sonhar em ganhar quando eu era pequena (ou "menor", engraçadinhos). As minhas crianças já estão crescidas, então não sei bem qual seria o equivalente de hoje; imagino que seja um Nintendo Wii ou um Play Station 3 (ou já tem o 4?).

Bicicletas eram meio caras, ao menos para a medida da minha família (portanto, de milhões de outras famílias) - sem a colaboração do meu avô, os salários somados da minha mãe e do meu pai não dariam conta de uma extravagância dessas. (Naquela época não se assumia, com tanta naturalidade, uma dívida de 10 meses que comprometeria um bom pedaço do salário a menos que fosse absolutamente necessário).

Presente mais caro, na minha casa, não vinha no aniversário ou Dia da Criança, ficava mesmo para o Natal. O embrulho grande e indisfarçável debaixo da árvore causava palpitações. Saber o que era e ao mesmo tempo ter medo de haver algum engano era terrível e deliciosamente excitante.

Minha primeira bicicleta era a imitação de uma lambreta. As rodas eram pequenas e uma espécie de carenagem cobria a haste do guidão. Foi com ela que aprendi a andar sem rodinha, no piso de caquinho de cerâmica vermelha do quintal da minha avó.

A segunda, que ganhei uns cinco anos depois, foi uma Calói dobrável, azul metálica, com rodas brancas. A coisa mais linda do mundo. Com essa eu corri o mundo rs. Ela ia comigo para Peruibe, onde eu passava quase todas as férias, e me dava uma liberdade e independência inéditas. Minha mãe não se preocupava muito com meu paradeiro (a cidade era tranquila de tudo), então eu ia longe, rápido e sozinha a toda parte. Ou saíamos em verdadeiros comboios pelas ruas de areia, um bando de meninos e meninas audazes e felizes.

Muita gente há de ter lembranças deliciosas de bicicleta e infância sem cogitar reviver aquelas sensações deliciosas hoje em dia - porque nem pensa nisso ou porque acha que "passou da idade". Seguinte: Pegue uma bicicleta emprestada, alugue, tire do gancho aquela que há tempos só pega poeira na garagem e dê umas pedaladas por aí. Na praia, uma rua tranquila, um parque. Você vai descobrir porque alguém inventou a frase: "É como andar de bicicleta - ninguém esquece". E ter um dos prazeres mais baratos que existem.

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2 comentários:

  1. Eu também tenho ótimas lembranças com minha bicicleta caloi, perambulando com os amigos nas férias, apostando corrida, pela praia. Meu sonho era uma chamada Tigrão, com a roda da frente um pouco menor que a de trás, mas era de "menino", daí fiquei mesmo com a dobrável azul da cor do céu. Alguns meses atrás comprei outra bici, sem marcha, com guidon alto, que, segundo meu sobrinho, parece uma harley davison, para dar boas pedaladas por aí.

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  2. Oi Soninha, tudo bem ? To emocionado com o texto ainda a pouco falei de vc e tudo que cheguei a vc é só porque comentei: "Vem de bike" entrei no seu blog e deparei com esse objeto incrível.

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